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Atividade de formação cultural com intuito de aprofundar o conhecimento sobre conteúdos de sociologia, política, convivência comunitária, direitos humanos, cultura e produção artística. Pretende-se realizar encontros com mestres guardiões da cultura ancestral com propósito de promover conversas, debates e palestras que valorizam o conhecimento transmitido a partir da oralidade dos griôs.

O Afrobase busca também criar um acervo vivo, ressiginificando o conceito tradicional de griô, adaptando-o ao espaço urbano e contemporâneo. O mais interessante nesse processo é manter a essência, contextualizando-o para uma nova realidade. Amplia-se, então, o conceito de griô, identificando-se diversos mestres guardiões do conhecimento nas mais diversas áreas da educação, cultura, meio ambiente, saúde, economia e política social. Esses griôs urbanos além de preservar a história, assumem papel fundamental também em formar novos griôs. O principal objetivo dessa ação é encontrar na comunidade novos griôs e possibilitar o encontro, o intercâmbio e troca de conhecimento entre eles e a comunidade, reaprendendo com os griôs e mestres da tradição oral o jeito de construir o conhecimento integrado à ancestralidade. 

 

O griô tradicional tem a missão de guardar a memória cultural de seu povo e contá-las por várias gerações, tornando-se em um ancião, um guru das tribos, dos quilombos ou das aldeias indígenas. Na visão de Tierno Bokar Salif, mestre africano da tradição oral, “a escrita é uma coisa, e o saber, outra”, e “a escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si”.

 

Na tradição oral, a palavra tem um poder e um significado divino, tem um compromisso com a verdade e com os ancestrais. Segundo Thomas Hale (1998), os griôs são responsáveis por uma sabedoria e uma arte verbal presentes nos rituais da vida social: nascimento, iniciação, aliança matrimonial, cerimônia de casamento e funerais. Os griôs têm uma imagem social e política, além de um lugar econômico determinante no funcionamento das sociedades do noroeste da África.

 

“O griot entre nós é o guardião do nosso patrimônio. É o griot que deve guardar a riqueza cultural de seu país. O griot na África deve saber todos os ritmos e todo tipo de comunicação. O griot deve reunir as pessoas, ao invés de separá-las” afirma Doudou Rose - griô senegalês, músico. “O griot entre nós é o guardião do nosso patrimônio. É o griot que deve guardar a riqueza cultural de seu país. O griot na África deve saber todos os ritmos e todo tipo de comunicação. O griot deve reunir as pessoas, ao invés de separá-las” afirma Doudou Rose - griô senegalês, músico.

Encontro com Totonho do Tamandaré

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Encontro com Raquel Trindade

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